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segunda-feira, 9 de março de 2009

Falando em ainda acreditar...


Tem sempre um para me falar.. "Michelle, não se entregue demais, tenha o pé no chão, não ame demais e etc". Mas eu lhes digo que não, eu não os colocarei em terra firme, pois eu vou acreditar no amor, nas pessoas, no romantismo, na sinceridade e na amizade até o fim, nem que eu me quebre em cem mil pedacinhos, eu lhes garanto que amor nunca será demais no meu coração, que eu acredito em almas gêmeas ainda que me provem que elas não existem; prometo que sempre buscarei entender o ser humano ainda que todos me falem de sua inevitável complexidade; reafirmo que não deixarei de dar presentes fofos, escrever poesias, fazer cartas enormes de amor e ouvir músicas românticas enquanto escrevo no meu blog; determinarei a sinceridade como a base da minha linguagem ainda que me digam que ela é apenas grosseria; e decreto que meus amigos jamais ficarão sem alguém no mundo para lhes apoiar, ainda que todos nos digam que os laços de amizade são enfraquecidos pelo capitalismo.

Sim, eu posso até ligar para o que pensam de mim, mas eu acredito em mim e no que construí aqui dentro por todos estes anos. Acreditar no ser humano é isso, é ter fé em si mesmo até quando o chão fugir dos seus pés, e não que isto seja um problema, pois eu vou continuar sonhando aqui na Terra, me prometo isso.

Um comentário:

  1. Alguns têm os pés tão firmes ao chão que não se permitem sonhar com coisas impossíveis, falar absurdos divertidos e rir sem motivo aparente, pois isso seria perder tempo, desviar a atenção do que realmente importa: a realidade nua e crua que diariamente invade as nossas vidas sem ao menos pedir licença para entrar. Quanto mais firme os pés estiverem, quanto mais profundos e mais cravados no chão, maior a segurança de que podemos fazer frente à realidade, que a controlamos, que somos protagonistas. Mas a vida é um palco que muda a cada novo ato, os pés cravados dão segurança, mais jamais certeza. A certeza mora em outro lugar, lugar oposto e inversamente proporcional. A segurança vem com a garantia de que se tem a raiz profunda na terra. A certeza vem de se voar como um pássaro. Certeza de quê? De que a vida valeu a pena. De que se riu quando enfrentava um problema, de que se chorou quando degustava uma alegria. Então, é isso! Eu quero ter os pés firmes, mas apenas o suficiente para me fazer acreditar que tenho a segurança. E quero voar como um pássaro para ter a certeza de que não levo a vida tão a sério. Voar alto, mas não tanto. O suficiente para vivenciar a leveza dos sonhos, mas ainda ser capaz de sentir o peso da realidade.

    Alexandre

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